8.08.2006

Visita ao Musée du Quai Branly - I



06 de agosto de 2006 - 1o domingo do mês, quando todos os museus de Paris têm entrada gratuita, acordei cedo para enfrentar a fila do Quai Branly. O museu - considerado por muitos como a grande obra do governo de Jacques Chirac - teve seu trabalho de construção iniciado em outubro de 2001, e foi inaugurado em 23 de junho de 2006.
Nasceu predestinado, nas palavras do presidente da república, a "dar às artes da África, das Américas e da Ásia seu justo lugar nas instituições museológicas da França". Ou seja, tudo o que é produzido fora da Europa...
Na verdade, o acervo do Quai Branly é composto das coleções do finado Musée des Arts d’Afrique et d’Océanie – que já havia sido Musée des Colonies -, e do laboratório de etnologia do Museu do Homem.

Levei 4 horas para ver 2/3 da área dedica a “Afrique”. O acervo está organizado, primeiramente, em ordem “geográfica”, o que significa dizer que a procedência das peças está referenciada segundo as fronteiras atuais do continente; secundariamente pelo “tema” que representam – religioso, bélico, de sacríficio, ornamento, etc...; depois, por temas menores que levam aos grupos populacionais; e a ordem cronólogica, que por vezes indica a data de sua feitura e, por outras, a da sua recolha pelos europeus.

Sou historiadora, e essa coisa das datas fez-me enorme confusão – como colocar dois objetos juntos, quando um foi produzido no século XIII e outro no XX? Isso seria possível de ser feito se se tratasse de arte européia? Fica a pergunta, para pensarmos....

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