Honestidade, Lealdade e Justiça – para quem?
É esse o lema sob o qual agiu o 32º Batalhão, também conhecido como Batalhão Búfalo, animal que é seu símbolo.
Nada de extraordinário haveria se toda essa prosopopéia não escondesse a verdadeira vocação dos Búfalos: a de mercenários de guerra.
Criado como unidade de elite da South African Defence Force (SADF), transformou-se, a partir de 1975, numa máquina de matar civis. Suas incursões à Namíbia e ao Sul de Angola – sob o pretexto de capturar membros do então movimento independentista da Namíbia, SWAPO – deixou para trás centenas de mortos, como na Operação Savana, em 1975, ou na Batalha do Cuito-Cuanavale, em 1987-1988.
O Batalhão “dos terríveis”, como ficaram igualmente conhecidos, deixou de ser parte da SADF em 1989, na sequência do esfacelamento da URSS, e da independência da Namíbia, mas não por isso deixaram de intervir pessoalmente em conflitos locais africanos, tendo o seu nome envolvido em golpes de Estado e guerras fratricidas.
Os seus membros publicaram, e atualizam, um site na internet, onde é possível traçar a trajetória das guerras levadas a cabo por eles, bem como todo o discurso que desenvolveram ao longo dos anos para justificar a violência que praticam.
É espantoso, mas é preciso conhecer para combater.
Para quem tiver estômago, o endereço é http://www.32battalion.net/